Câncer e Menopausa Precoce: Entenda os Impactos e Descubra as Alternativas Disponíveis
- oncomaishumana
- há 15 horas
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A menopausa precoce é uma condição que afeta milhares de mulheres todos os anos e, quando associada ao câncer, pode representar um desafio ainda maior. Esse fenômeno, caracterizado pela interrupção da menstruação antes dos 40 anos, não é apenas uma alteração hormonal: trata-se de uma mudança significativa no corpo e na vida da mulher. Quando provocada por tratamentos oncológicos como a quimioterapia, radioterapia ou cirurgias, os efeitos da menopausa precoce se tornam ainda mais intensos e merecem atenção especializada.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, inclusive em faixas etárias ainda reprodutivas. Como os tratamentos para essa doença frequentemente envolvem quimioterapia e bloqueios hormonais, muitas pacientes jovens enfrentam a interrupção da função ovariana, o que pode levar à menopausa precoce. Essa realidade exige preparo, acompanhamento médico e informação de qualidade para que a mulher entenda o que está acontecendo com seu corpo e saiba quais caminhos seguir.
Neste artigo, você vai entender como o câncer pode acelerar o processo da menopausa, quais os principais sintomas e impactos dessa condição, além de conhecer alternativas viáveis para manter o bem-estar físico e emocional mesmo após o diagnóstico.
O que é a menopausa precoce e como o câncer pode desencadeá-la
A menopausa precoce, também chamada de insuficiência ovariana prematura, ocorre quando os ovários param de funcionar antes dos 40 anos. Isso significa que a mulher deixa de ovular e, consequentemente, de menstruar, muito antes da idade considerada comum para esse processo, que gira em torno dos 50 anos.
No caso das pacientes com câncer, essa condição pode surgir como um efeito colateral dos tratamentos. De acordo com a American Cancer Society, a quimioterapia e a radioterapia pélvica estão entre as principais causas da falência ovariana em mulheres jovens com câncer. Essas terapias podem danificar os folículos ovarianos de forma irreversível, resultando em perda da fertilidade e nos sintomas característicos da menopausa.
Além disso, alguns tipos de câncer ginecológico, como o de ovário e o de colo do útero, exigem cirurgias radicais que envolvem a retirada dos ovários, o que também leva à interrupção definitiva da produção hormonal feminina. Nestes casos, a menopausa ocorre de forma abrupta, diferente da menopausa natural que costuma acontecer de forma progressiva.
Sintomas da menopausa precoce em pacientes oncológicas
As mulheres que entram na menopausa de forma precoce enfrentam alterações físicas e emocionais significativas. Entre os principais sintomas estão:
Ondas de calor intensas
Suores noturnos
Insônia
Secura vaginal
Diminuição da libido
Alterações de humor
Irritabilidade
Queda na densidade óssea
Ganho de peso
Cansaço constante
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), essas manifestações são causadas pela queda dos níveis de estrogênio no corpo feminino. E em mulheres que já estão enfrentando um diagnóstico de câncer, essas mudanças hormonais podem intensificar a sensação de desconforto, interferir no tratamento e até comprometer a qualidade de vida.
Impactos físicos e emocionais da menopausa precoce
Os impactos da menopausa precoce vão além dos sintomas físicos. Para muitas mulheres, essa condição representa a perda de uma etapa importante da vida reprodutiva. Questões como a impossibilidade de engravidar, alterações no corpo e mudanças na autoestima são comuns.
De acordo com dados da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), mulheres jovens com câncer que experimentam menopausa precoce têm maior risco de desenvolver ansiedade, depressão e distúrbios relacionados à imagem corporal. O abalo emocional é real e muitas vezes negligenciado nos protocolos de tratamento, o que pode afetar diretamente a resposta da paciente à terapia oncológica.
A menopausa precoce também aumenta os riscos de doenças como osteoporose e problemas cardiovasculares. Com a queda dos hormônios femininos, a saúde óssea e a proteção natural do coração ficam comprometidas. Por isso, o acompanhamento multidisciplinar se torna fundamental para monitorar e minimizar esses efeitos.
Fertilidade e preservação: o que pode ser feito
Uma das maiores preocupações das pacientes jovens com câncer é a possibilidade de engravidar no futuro. Felizmente, existem alternativas que podem ser discutidas com o oncologista antes do início do tratamento.
Segundo a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), técnicas como o congelamento de óvulos ou embriões são viáveis e cada vez mais seguras. A criopreservação deve ser feita antes da quimioterapia ou radioterapia, e representa uma opção real para mulheres que desejam ter filhos após o fim do tratamento.
Além do congelamento, outras estratégias como a supressão ovariana com análogos do GnRH durante a quimioterapia podem ajudar a preservar a função ovariana em alguns casos. A escolha do método depende do tipo de câncer, do tempo disponível antes de iniciar o tratamento e da saúde geral da paciente.
Alternativas para amenizar os sintomas e manter o bem-estar
Apesar de a terapia hormonal ser um dos métodos mais eficazes para tratar os sintomas da menopausa, ela nem sempre é indicada para mulheres com histórico de câncer. Em especial nos casos de câncer de mama com receptores hormonais positivos, o uso de hormônios pode ser contraindicado.
Felizmente, há opções não hormonais que ajudam a aliviar os sintomas e promovem mais qualidade de vida. O uso de antidepressivos específicos em baixas doses, por exemplo, pode reduzir significativamente as ondas de calor. Lubrificantes e hidratantes vaginais à base de água ajudam no conforto íntimo. Já a prática regular de atividades físicas, alimentação equilibrada e técnicas de relaxamento como yoga e meditação têm mostrado resultados positivos no controle dos sintomas, segundo a North American Menopause Society (NAMS).
O acompanhamento psicológico também é altamente recomendado. Ter um espaço seguro para expressar emoções e receber apoio profissional pode fazer toda a diferença na maneira como a mulher lida com esse momento da vida.
O papel do acompanhamento especializado
Uma mulher com diagnóstico de câncer que enfrenta a menopausa precoce precisa de mais do que o tratamento da doença. Ela precisa de uma rede de apoio formada por ginecologistas, oncologistas, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais que possam olhar para o todo, não apenas para o tumor.
De acordo com a European Society for Medical Oncology (ESMO), esse tipo de suporte integrado contribui para melhorar os desfechos clínicos, aumentar a adesão ao tratamento e preservar o bem-estar emocional das pacientes. A atenção deve ser contínua, personalizada e baseada em escuta ativa.
A importância da informação e do autocuidado
Entender os efeitos da menopausa precoce e conhecer as alternativas disponíveis empodera a mulher e permite que ela participe ativamente das decisões sobre sua saúde. Informação baseada em ciência, transmitida de forma acolhedora, é o primeiro passo para lidar melhor com essa fase.
Vale lembrar que cada organismo responde de forma diferente ao tratamento e à queda hormonal. O que funciona para uma mulher pode não funcionar para outra. Por isso, o acompanhamento médico contínuo e o respeito às individualidades devem ser prioridade em qualquer abordagem.
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