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Tenho câncer, posso ser doador? Esclarecendo mitos e realidades sobre a doação de órgãos e sangue

  • oncomaishumana
  • 1 de out.
  • 3 min de leitura
Doação de sangue e de órgãos
Doação de sangue e de órgãos

A luta contra o câncer é um desafio que envolve não apenas o paciente, mas também sua família e toda a rede de apoio. Uma dúvida comum entre os pacientes oncológicos é: "Posso ser um doador?" Seja de órgãos, tecidos ou sangue, essa questão merece atenção, pois envolve aspectos legais, médicos e éticos. Neste artigo, abordaremos as condições que permitem ou impedem a doação por pacientes com câncer, com base em informações oficiais e atualizadas.


Doação de Órgãos por Pacientes com Câncer


A doação de órgãos é uma prática regulamentada no Brasil, visando salvar vidas de pacientes com falência de órgãos. No entanto, a presença de câncer no doador é um fator determinante na elegibilidade para doação.


1. Contraindicações Gerais


De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a presença de neoplasias malignas ativas é uma contraindicação absoluta para a doação de órgãos. Isso se deve ao risco de transmissão de células tumorais para o receptor, comprometendo o sucesso do transplante e a saúde do paciente receptor.


2. Exceções Possíveis


Em casos específicos, como tumores cerebrais primários em estágio inicial, com controle adequado e ausência de metástases, pode-se considerar a doação de órgãos não afetados pelo tumor. Contudo, essa decisão é tomada com base em critérios clínicos rigorosos e deve ser avaliada por uma equipe médica especializada.


3. Procedimentos e Avaliações


Antes da doação, é realizada uma avaliação detalhada do histórico médico do potencial doador, exames laboratoriais e de imagem, além de uma análise histopatológica dos órgãos. Essa abordagem visa garantir que não haja risco de transmissão de células cancerígenas para o receptor.


Doação de Sangue por Pacientes com Câncer


A doação de sangue é essencial para o tratamento de diversos pacientes, incluindo aqueles com câncer. No entanto, a elegibilidade de um paciente oncológico para doar sangue depende de vários fatores.


1. Durante o Tratamento


Pacientes em tratamento ativo para câncer, como quimioterapia ou radioterapia, geralmente não são elegíveis para doar sangue. Isso se deve ao impacto desses tratamentos no sistema hematológico, podendo afetar a qualidade e a segurança do sangue doado.


2. Após o Tratamento


Após a conclusão do tratamento e com a autorização médica, alguns pacientes podem ser considerados aptos para doar sangue. É fundamental que o paciente esteja em remissão e sem sinais de recidiva da doença. A avaliação médica criteriosa é essencial para determinar a segurança da doação.


3. Exames e Avaliações


Antes da doação, são realizados exames laboratoriais para avaliar a saúde do doador e a qualidade do sangue. Além disso, é importante que o paciente tenha um bom estado geral de saúde e esteja livre de infecções ou outras condições que possam comprometer a segurança da doação.


Doação de Células-Tronco Hematopoéticas


A doação de células-tronco hematopoéticas, utilizadas em tratamentos como o transplante de medula óssea, é uma forma de doação que pode envolver pacientes com histórico de câncer.


1. Doadores Familiares


Pacientes com câncer podem ser considerados doadores de células-tronco hematopoéticas para familiares, desde que atendam a critérios específicos, como ausência de recidiva da doença e boa saúde geral. A compatibilidade genética também é um fator determinante.


2. Registro no REDOME


O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), mantido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), é responsável por cadastrar e manter informações sobre doadores voluntários. Pacientes com histórico de câncer podem se registrar como doadores, desde que atendam aos critérios estabelecidos.


3. Avaliação Médica


Antes da doação, é realizada uma avaliação médica completa para garantir que o procedimento seja seguro tanto para o doador quanto para o receptor. Essa avaliação inclui exames laboratoriais, de imagem e uma análise detalhada do histórico médico do doador.


Aspectos Legais e Éticos


A legislação brasileira estabelece normas claras sobre a doação de órgãos e tecidos. A Lei nº 9.434/1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, proíbe a doação de órgãos por pessoas com neoplasias malignas ativas.


Além disso, a ética médica orienta que a doação deve ser realizada com o consentimento livre e esclarecido do doador ou de sua família, respeitando os princípios de beneficência e não maleficência.


A possibilidade de um paciente com câncer ser doador depende de diversos fatores, incluindo o tipo e estágio da doença, o tratamento realizado, o tempo de remissão e a avaliação médica criteriosa. É fundamental que o paciente ou seus familiares consultem a equipe médica para obter informações específicas e atualizadas sobre a elegibilidade para doação.


Na Onco Mais Humana, entendemos que cada paciente é único e merece atenção personalizada. Se você ou um ente querido está enfrentando o câncer e tem dúvidas sobre a doação de órgãos, sangue ou células-tronco, nossa equipe está pronta para oferecer orientação e apoio. Entre em contato conosco e saiba como podemos ajudar a esclarecer suas dúvidas e apoiar suas decisões.


 
 
 

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