Maio Cinza: Um Mês de Conscientização sobre o Câncer de Cérebro

O Maio Cinza destaca-se por trazer à tona um tema de grande importância, mas ainda pouco debatido: o câncer de cérebro. Esta é uma condição complexa, que envolve desafios diagnósticos, tratamentos muitas vezes intensos e, principalmente, uma carga emocional significativa para pacientes e familiares.

Neste artigo, vamos abordar o que é o câncer de cérebro, seus principais sintomas, tipos, diagnóstico, tratamento e, acima de tudo, a importância da informação e do acolhimento nesse contexto delicado. Ao final, você também conhecerá um pouco sobre a atuação da Onco Mais Humana, um time de oncologistas dedicado ao cuidado do câncer de forma empática, individualizada e centrada no paciente.

O que é o câncer de cérebro?

O câncer de cérebro ocorre quando células anormais crescem de forma descontrolada no tecido cerebral ou nas estruturas próximas. Essas células formam tumores que podem ser primários, quando se originam no cérebro, ou secundários (metástases), quando têm origem em outro órgão e se espalham para o sistema nervoso central.

Embora os tumores cerebrais primários sejam menos comuns do que outras neoplasias, eles são particularmente graves, pois mesmo os benignos podem causar danos consideráveis devido à localização e à pressão que exercem sobre áreas vitais do cérebro.

Tipos mais comuns de tumores cerebrais

Os tumores cerebrais podem ser classificados em benignos ou malignos, e entre os tipos mais comuns, destacam-se:

• Glioblastoma multiforme: É o tumor maligno mais agressivo e frequente entre os adultos. Tem crescimento rápido e difícil controle.

• Astrocitoma: Pode variar de grau baixo (mais lento e menos agressivo) até alto grau (mais invasivo). Afeta os astrócitos, células que sustentam os neurônios.

• Meningioma: Geralmente benigno, afeta as meninges,  membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

• Meduloblastoma: Mais comum em crianças, é um tumor maligno que se origina na parte inferior do cérebro (cerebelo).

• Ependimoma: Tumor que afeta as células que revestem os ventrículos cerebrais. Pode ocorrer em crianças e adultos.

Além desses, há uma diversidade de outros tumores, como oligodendrogliomas, craniofaringiomas, linfomas cerebrais, entre outros, cada um com suas especificidades clínicas e biológicas.

Sintomas: sinais que merecem atenção

Os sintomas do câncer de cérebro podem variar bastante conforme o tipo de tumor, sua localização e tamanho. No entanto, alguns sinais merecem atenção, especialmente se surgirem de forma persistente ou progressiva:

• Dor de cabeça frequente e intensa, especialmente ao acordar;

• Convulsões em pessoas sem histórico prévio;

• Alterações na visão, como visão dupla ou embaçada;

• Perda de força ou dormência em um lado do corpo;

• Mudanças comportamentais ou cognitivas, como dificuldade de concentração, confusão ou alterações de personalidade;

• Náuseas e vômitos inexplicáveis;

• Dificuldade na fala ou na compreensão da linguagem.

Esses sintomas não significam, isoladamente, que a pessoa tem um tumor cerebral, mas são motivos suficientes para buscar uma avaliação médica.

Diagnóstico: a importância da precisão

O diagnóstico de um tumor cerebral envolve diversos exames, entre eles:

• Ressonância magnética (RM): É o exame mais indicado, pois oferece imagens detalhadas do cérebro e permite identificar a presença de lesões.

• Tomografia computadorizada (TC): Também pode ser utilizada, especialmente em casos de emergência.

• Biópsia: Em muitos casos, é necessário retirar uma amostra do tumor para análise histopatológica e definição do tipo celular.

• Exames neurológicos e neuropsicológicos: Avaliam o impacto do tumor nas funções cognitivas e motoras.

A correta identificação do tipo e grau do tumor é fundamental para definir o tratamento mais adequado.

Tratamento: entre avanços e desafios

O tratamento do câncer de cérebro depende de vários fatores, como o tipo do tumor, localização, extensão, idade do paciente e estado geral de saúde. As principais abordagens incluem:

• Cirurgia: Sempre que possível, a remoção cirúrgica do tumor é indicada. Em tumores localizados em áreas acessíveis, pode-se obter bons resultados.

• Radioterapia: Utiliza radiações para destruir células tumorais remanescentes ou reduzir o tamanho do tumor.

• Quimioterapia: Em alguns casos, medicamentos quimioterápicos são administrados para combater o câncer. No glioblastoma, por exemplo, o temozolomida é um dos mais usados.

• Terapias-alvo e imunoterapia: São abordagens mais recentes, voltadas para alterações genéticas específicas do tumor ou para estimular o sistema imunológico a combater as células tumorais.

• Cuidados paliativos e suporte multidisciplinar: Em casos avançados, o foco pode ser o controle de sintomas e a promoção da qualidade de vida.

  
  

O impacto emocional do diagnóstico

Receber um diagnóstico de câncer de cérebro é um momento de grande impacto emocional. O cérebro é o centro das emoções, das funções motoras, da linguagem e da memória, ou seja, afeta diretamente a identidade da pessoa. Por isso, é comum que pacientes e familiares enfrentem sentimentos de medo, insegurança e tristeza.

Nesse contexto, o acolhimento humanizado faz toda a diferença. Contar com uma equipe de saúde que respeita os tempos e as emoções do paciente é essencial para um tratamento mais leve, mesmo diante dos desafios.

A importância do Maio Cinza

O Maio Cinza tem como objetivo principal ampliar a visibilidade sobre os tumores cerebrais, incentivando o diagnóstico precoce, a busca por informações confiáveis e o apoio à pesquisa científica.

Ainda existe muita desinformação e estigma em torno das doenças neurológicas e oncológicas, e é por isso que campanhas como essa são fundamentais. Informar é um ato de cuidado. E, quanto mais falamos sobre o câncer de cérebro, mais chances temos de salvar vidas, oferecer acolhimento e combater o medo com conhecimento.

Onco Mais Humana: acolhimento e cuidado integrados

Na Onco Mais Humana, acreditamos que o tratamento do câncer vai além da medicina tradicional. Nossa missão é oferecer um cuidado oncológico baseado em ciência, mas conduzido com empatia, respeito e escuta ativa. Nossa equipe, formada por médicas oncologistas, entende a importância de tratar cada paciente de forma única, respeitando suas histórias.

No Maio Cinza, assim com o em todos os meses do ano,  estamos ao lado de quem enfrenta o câncer, oferecendo mais do que tratamento, mas presença, acolhimento e humanidade.